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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Ministro compara chegada das águas do São Francisco a energia elétrica: "mudanca de patamar para o RN"

MDR

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), concedeu longa entrevista ao jornal Tribuna do Norte, que circulou neste domingo (06). Em uma das perguntas, o pré-candidato ao Senado disse que a chegada das águas do Rio São Francisco ao Estado é um marco só comparável a vinda da energia elétrica. 

Confira abaixo o que disse Rogério.

O que significa  a entrega desse trecho da transposição das águas do Rio São Francisco para o RN?

É importante colocar que se a gente puder fazer um paralelo, uma analogia, uma comparação, imagine o que ocorreu com o Rio Grande do Norte na década de 60, quando a energia de Paulo Afonso chegou ao nosso Estado. Naquele momento, era um estado onde as indústrias, o comércio, as casas de família mais abastadas, tinham motores a diesel que suportavam uma energia intermitente. A maioria da população vivia com lamparinas, botijões de gás [para ter iluminação à noite]... Essa realidade foi mudada substancialmente com a energia elétrica de Paulo Afonso. Se olhar para trás, as pessoas não têm a compreensão da mudança tão acentuada, porque é até difícil imaginar o que era viver sem energia elétrica. Mas agora é similar. Nós temos mais de uma centena de municípios no Rio Grande do Norte que, apesar de terem a ligação de abastecimento de água, não contam com o fornecimento regular. É um fornecimento intermitente. Vários municípios passam meses sem receber água tratada nas torneiras. Isso é brutal para saúde das pessoas, para o aumento da mortalidade infantil. Dificulta instalar indústrias e comércios, que geram emprego, renda e oportunidade. Também dificulfa para a possibilidade de haver um planejamento de crescimento de perímetros irrigados, em momentos de estiagem, que o nosso estado tem de forma cíclica. Então, a chegada das águas do São Francisco é o início efetivo da nossa emancipação. Somos um estado que tem mais de 90% do seu território no semiárido. Proporcionalmente, o estado nordestino que tem a maior porção do território no semiárido. Começa a mudar essa história com a perenização do Rio Piranhas-Açu, o estabelecimento de reservatórios hídricos com segurança,  como serão Oiticica e Armando Ribeiro Gonçalves e, sobretudo, a possibilidade de transformar a realidade daquelas regiões. Não tenho dúvida nenhuma de que é uma mudança de paradigma, de patamar que o Estado passa a ter. 

Cogitada desde a época de Dom Pedro II, no Segundo Reinado, no século XIX, a obra de transposição do rio São Francisco parece ser sina do Rio Grande do Norte. Ao menos três ministros potiguares, Aluízio Alves, Fernando Bezerra e agora Rogério Marinho, tiveram e tem a oportunidade de realizá-la, na condição de ocupantes de cargos no ministério responsável por executá-la (o atual Desenvolvimento Regional).


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