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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Pacientes do Hosped participam de festa natalina

Centenas de crianças tiveram uma manhã mágica nesta quarta-feira (12), no Hospital de Pediatria Professor Heriberto Ferreira Bezerra (Hosped). Com direito a sorteio de presentes, distribuição de lancheiras, bolos e refrigerante, e a presença especial de Papai Noel, crianças, pais e funcionários se confraternizaram na tradicional Festa Natalina do Programa de Assistência à Criança Portadora de Fenda Labiopalatal. A festa foi realizada no ambulatório do Hosped e foi animada pela Orquestra Infantil dos Sonhos, que alegrou ainda mais o Natal das crianças que fazem tratamento na unidade.
O programa assiste cerca de 500 crianças que possuem a deformação congênita conhecida como lábio leporino ou fenda palatina, uma abertura no lábio ou palato (céu da boca). A deformidade acontece ainda na gravidez entre a quarta e a décima semana de gestação.
Desde 2003, Natal conta com um programa e equipe multidisciplinar especializados no atendimento a crianças com problemas de fissura lábio-palatal. O Programa de Atendimento ao Paciente Fissurado funciona no Hospital de Pediatria da UFRN e é referência no Rio Grande do Norte no atendimento a pessoas com fissuras. O Programa funciona com uma equipe multidisciplinar e conta com fonoaudiólogo, dentista, pediatra, cirurgião plástico e demais especialidades médicas.
Cintiane Couto é mãe do pequeno Lukas Jaime, de um ano e dois meses. Ela conta que o filho começou o tratamento assim que nasceu. “Assim que ele nasceu, no Hospital Santa Catarina, já me encaminharam para cá e desde então ele vem sendo bem acompanhado. Como mãe, percebemos que tem algo diferente. Foi uma surpresa, mas nada alarmante. Hoje ele é um menino saudável e leva uma vida normal”, destacou.
Cintiane conta que Lukas passou pela primeira cirurgia no lábio, em agosto deste ano e que ainda faltam, pelo menos, mais duas cirurgias, sendo uma no céu da boca e outra na gengiva. Hoje, ela comemora a evolução no tratamento do filho e compartilha com outros pais o sucesso no tratamento de Lukas Jaime. “Desde que cheguei aqui fomos muito bem acolhidos. Essa é a segunda festa de Natal que passo aqui e é um momento de nos confraternizamos com as pessoas que convivemos diariamente e que termina se tornando a extensão da nossa família. É um momento também de troca de experiência e mostrar para as mães que estão chegando que a fissura não é algo estrondoso”, afirmou a mãe de Lukas Jaime.
Lenilda Rogério da Silva é outra mãe em que o filho é atendido pelo Programa. Ela é mãe do adolescente Mateus Augusto. Hoje, Mateus tem 15 anos, mas desde os quatro anos ele é acompanhado pela equipe médica do Hospital. “Aqui é tudo muito bom. Se não fosse o atendimento do Hosped não sei o que seria de nossas vidas. Somos bem assistidos e temos tudo o que precisamos aqui. E essa festa vem coroar todo o trabalho que é feito”, afirmou a mãe.
Graças ao aperfeiçoamento do ultrassom, o lábio leporino pode ser diagnosticado antes mesmo do parto. Isso permite que logo após o nascimento a cirurgia corretiva seja realizada. Sandra Regina de Oliveira, vice-coordenadora do Programa e fonoaudióloga, explica que hoje o trabalho começa com as gestantes, que são identificadas no programa de Gestação de Alto Risco, da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), que imediatamente são encaminhadas para o Programa do Hosped.
“Chegando aqui, trabalhamos na comunicação intrauterina e no estimulo do vínculo e na relação dos pais com o bebê ainda na barriga da mãe. O pai e a mãe com isso vão se preparando para recebê-lo. Esse trabalho é importante, porque na hora que nasce um filho, também nasce um pai e uma mãe. Além disso, é importante que eles se conscientizem que as crianças apenas têm uma fissura, mas que elas não são a fissura. Quando os bebês nascem, as mães ficam temerosas em poder amamentar os filhos, mas orientamos que elas podem amamentar normalmente”, explica Sandra Regina de Oliveira.
A fonoaudióloga conta que o tratamento, normalmente é demorado, mas que, se começado desde após o nascimento, aos três anos a criança já consegue adquirir a linguagem sem nenhum mecanismo de compressão nasal. O desafio, segundo Sandra Regina de Oliveira, é melhorar as condições de atendimento e ampliar a quantidade de serviço oferecido à população, além da construção da casa de apoio, que dará suporte as famílias do interior.
Fotos: Canindé Santos
Texto: Roberto - O Jornal de Hoje








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