Auditores e técnicos fiscais federais do Ministério da Agricultura e Pecuária já emitiram, neste ano, 48 autos de infração a empresas acusadas de adulterar azeite de oliva, misturando outros óleos vegetais de origem desconhecida ao produto original.
Segundo o ministério, as ações fiscalizatórias para coibir a importação irregular e a embalagem, rotulagem e a comercialização de produtos falsificados também resultaram na apreensão de cerca de 100 mil litros de azeite de oliva e na proibição da venda de 29 marcas. A relação dos lotes impróprios para o consumo humano e cujo recolhimento foi determinado está disponível na página do ministério.
Eis a lista de 29 marcas com a venda proibida:
Grego Santorini;
La Ventosa;
Alonso;
Quintas D’Oliveira;
Olivas Del Tango;
Vila Real;
Quinta de Aveiro;
Vincenzo;
Don Alejandro;
Almazara;
Escarpas das Oliveiras;
Garcia Torres;
Málaga;
Rio Negro;
Cordilheira;
Serrano;
Oviedo;
Imperial;
Ouro Negro;
Carcavelos;
Pérola Negra;
Serra de Óbidos;
Serra Morena;
De Alcântara;
Vincenzo;
Az Azeite;
Almazara;
Mezzano e
Uberaba.
Só na operação Getsêmani, deflagrada em março, com a participação de forças policiais de São Paulo e do Rio de Janeiro, foram apreendidos 60.600 litros de azeite extravirgem encontrados no galpão de uma fábrica clandestina de Saquarema (RJ).
Com a adição dos 37.500 litros de óleo de soja estocados no local, os envolvidos poderiam produzir ao menos 196 mil garrafas de azeite de oliva fraudado. No local também foram encontrados rótulos e tampas de azeites de diferentes marcas.
Em 22 de outubro, o Mapa divulgou uma lista na qual indica lotes de 12 marcas que, segundo os resultados de testes realizados no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, contêm, em suas composições, outros óleos vegetais não identificados, oferecendo risco à saúde dos consumidores. Antes, em 3 de outubro, já havia divulgado lista com 11 marcas e lotes impróprios para o consumo.
Em entrevista à Agência Brasil, a coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal do Mapa, Ludmilla Verona, explicou que, em geral, a adulteração é feita já em território nacional, por empresas importadoras e envasadoras brasileiras – algumas em situação irregular, com CNPJ suspenso ou pedido de encerramento das atividades.
“Na maioria dos casos, observamos que a importação do azeite de oliva a granel é feita de forma legal”, disse, referindo-se à forma como o produto chega ao país, em galões ou barris, para o envase. “É nesse momento que a fraude é realizada, com a adição de outros óleos vegetais, para aumentar o rendimento do produto.”
“Algumas das marcas [importadas] são conhecidas [em seus países de origem], mas o Ministério não avalia propriamente a origem [da principal matéria-prima]. Como há a possibilidade [dos fraudadores] utilizarem rótulos de marcas idôneas, o Ministério sempre divulga não só o nome da marca, para alertar os consumidores quanto ao risco para os consumidores, mas também o lote e os dados das empresas importadoras e responsáveis pela comercialização no Brasil”, declarou a coordenadora, destacando que a comercialização dos produtos suspensos configura uma infração grave e os estabelecimentos que continuarem a vendê-los poderão ser responsabilizados.
Com informações de Poder 360
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário.