Segundo as investigações da força-tarefa do MPRJ sobre o atentado à vereadora, Rogério e Ronnie abriram casas de apostas e bingos em diversos estados pelo menos desde 2018.

Nove pessoas foram presas até o momento. Uma delas é o delegado Marcos Cipriano, que foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil. Outra investigada é a delegada licenciada Adriana Belém. Na casa dela, a força-tarefa apreendeu quase R$ 2 milhões em espécie. Ela era esperada na Corregedoria da Polícia Civil para prestar esclarecimentos.

Agentes saíram para cumprir, no total, 29 mandados de prisão e 119 mandados de busca e apreensão. Foram denunciadas 30 pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Um dos endereços visados é a casa de Ronnie Lessa no Condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente Jair Bolsonaro tem um imóvel. O presidente não é alvo da operação.

Pelo menos dois bingos foram estourados pela força-tarefa.

Segundo a Polícia Civil, Adriana Belém e Marcos Cipriano não têm cargos atualmente. “Adriana Belém está afastada de licença, e Cipriano, trabalhando em outra instituição. A Corregedoria solicitará acesso às investigações para dar andamento aos processos administrativos necessários”, declarou.

Adriana era funcionária comissionada da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e ganhava cerca de R$ 10 mil. A pasta informou que ela será exonerada.

A defesa de Ronnie Lessa disse que soube da operação pela imprensa e que precisa saber se há, de fato, alguma acusação contra o seu cliente, para então se posicionar. A defesa de Rogério de Andrade disse que não existe necessidade de prisão cautelar.

"Essa operação além de não deixar demonstrado a necessidade da prisão cautelar do Rogério, se mostra claramente uma afronta ao STF que acaba de conceder o trancamento de uma ação penal contra ele”, diz a nota do advogado Ary Bergher.

Com informações do G1