A devolução da concessão do Aeroporto de Natal divide opiniões entre instituições do Rio Grande do Norte. A Inframérica anunciou, na manhã desta quinta-feira (5), que abrirá espaço para que outras empresas interessadas façam o processo de relicitação e assumam a operação do terminal potiguar.
O representante da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo, disse ter ficado surpreso com a notícia da desistência e que as razões apontadas pela empresa sobre a inviabilidade do negócio ainda são superficiais. Ele alega que “a empresa não deveria ter feito isso com o RN. Veio, usou e agora diz que vai embora. Não conseguimos entender”.
Sales continua “é a primeira [concessão] existente no Brasil e a Inframérica se beneficiou, é tanto que ela virou uma outra concessionária em Brasília”. Após as demonstrações de insatisfação, o presidente da Fiern disse que a instituição “será parceira para discutir e acionar, se preciso, a questão jurídica para o desenrolar da ação da Inframérica com o RN”.
Já o coordenador da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio, George Costa, vê no anúncio uma oportunidade de mudança positiva. Disse que ainda há mais perguntas que respostas nesse primeiro momento e que nada foi decidido.
George contou, ainda, que o Aeroporto de Natal, provavelmente, continuará funcionando normalmente até o final do ano, dado o fato de que todas as taxas que necessitam serem pagas ao governo do RN já foram repassadas. Ele acrescentou ainda que espera que o empreendimento passe a ter um administrador mais “agressivo e que traga mais clientes” para o estado.
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