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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Fórum Potiguar de Petróleo e Gás é instalado e inicia atividades

FIERN

O Fórum Potiguar de Petróleo e Gás foi constituído, nesta segunda-feira, durante encontro, no auditório da Casa da Indústria, com a participação da FIERN, SEBRAE, Governo do Estado, universidades, instituto federais de ensino, bancos públicos e privados e empresas do setor.
“Um novo momento do Rio Grande do Norte na cadeia de petróleo e gás pode ser observado e precisa, para aproveitar seu potencial, do apoio, da atuação e das articulações de instituições públicas e privadas. Com isso, o Estado volta para o jogo e para as discussões em nível nacional do setor. Então, acreditamos que essa iniciativa é muito importante para fortalecer uma atividade econômica relevante para o Estado”, destacou o presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo.
“Por isso, as instituições, o governo e as empresas se organizam no Fórum para que se possam atuar conjuntamente e garantir novas possibilidades ao setor. Assim, teremos a reativação do Reate (Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres) no Rio Grande do Norte, com a consequente geração de emprego e renda que isso vai proporcionar”, acrescentou.
Ele disse que, com o Fórum de Petróleo e Gás, a Federação da Indústrias, em parceria com as demais entidades e órgãos públicos e privados parceiros no colegiado, “vai contribuir para a plena retomada da cadeia produtiva que tem potencial para gerar milhares de postos de trabalho e assegurar melhoria de renda no Estado, ao atrair investimentos significativos”.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, também demonstrou confiança nos resultados da instalação do Fórum. “Estou muito convencido de que este segmento, que é tão representativo para nossa atividade econômica, pode dar uma resposta, e vai influenciar de forma muito positiva os indicadores do Estado. Então, a formação do Fórum é muito oportuna”, comentou Jaime Calado.
Diretor Executivo do CTGAS-ER, Rodrigo Melo apresentou o formato e estrutura do Fórum. Haverá um “Comitê Estratégico” formado pela FIERN, SEBRAE, RedePetro, Governo do Estado e ABPIP (Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás); uma coordenação executiva — que deverá ser uma atribuição da FIERN; e três grupos de trabalho — um para atração de investimentos e geração de oportunidades, outro sobre desenvolvimento de novos produtos serviços e capacitação e recursos humanos e o terceiro de promoção e divulgação.
“Estamos vivendo um momento no Brasil de reativação da produção de petróleo e gás. Com isso, se faz necessário que tenhamos um ambiente, no Estado, capaz de gerar e reter negócio neste segmento. Por isso, é tão importante a contribuição de entidade e pessoas que formem inteligência e tenham informações para tomada de decisões, construção de estratégias, enfim, pensar esta conjuntura nova e com tanto potencial”, disse Rodrigo Mello. “Um Fórum como esse pode também comunicar os fatos e informações certas que vão culminar com a vinda de várias empresas para cá e no fortalecimento das que já estão aqui”, destacou.
Ele lembrou que o Rio Grande do Norte hoje produz algo em torno de 38 mil barris por dia. Essa produção já foi de 100 mil barris. “Vamos voltar ao patamar anterior”, disse, confiante.
Cenário
A retomada produção poderá ocorrer em um cenário diferente do que se tinha quando a Petrobras era a única companhia que extraia petróleo no Rio Grande do Norte. “Nós tínhamos um ‘grande ator’. Os demais eram ‘pequenos e satélites’. O modelo que se constrói agora é com ‘pequenos, médios, minis até alguns grandes operadores’, em número reduzido, de petróleo no Rio Grande do Norte. Isso se observa nas rodadas de leilões da ANP. As operadoras estão pulverizadas em pequenas e médias empresas, diferentes no cenário anterior”, explica.
Durante o encontro de instalação do Fórum, o diretor da Phoenix Óleo e Gás, Gustavo Cachina, também apresentou dados sobre o atual cenário do segmento no país e no Estado. Ele disse que a produção média, em agosto, foi de três milhões de barris de petróleo por dia. Dessa produção nacional, 2,4 milhões de barris foram provenientes do pré-sal, 1,2 milhão do mar (pós-sal) e 263 mil de poços terrestres.
No Rio Grande do Norte, a produção vem registrando uma redução progressiva. Em 2014, foram 57.495 mil bartis por dia. Neste ano, as projeções indicam que o ano vai terminar com 39.361 barris por dia.
Mas ele apresentou informações que mostram perspectivas de retomada. Há nove operadores independentes em atividade no Estado. Além disso, outros cinco estariam habilitados.
Com a retomada da indústria do petróleo, apontou, haverá uma demanda por serviços para aumento de produção nos campos maduros adquiridos e negociação de ativos, contração de serviços para atendimento de compromissos do plano de desenvolvimento perante a ANP (Agência Nacional de Petróleo) e desenvolvimento das indústrias locais que vão atender os operadores.

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