Marcado
por notícias de apreensões de toneladas de drogas e ameaças de
privatização desde o começo do ano, o Porto de Natal passa por mudanças
significativas que visam a dar um “choque de gestão” na Companhia Docas
do Rio Grande do Norte (Codern), empresa que administra o porto
potiguar. Segundo o diretor-presidente da companhia, o almirante Elis
Treidler Öberg, o principal objetivo dessa modernização é sanear as
contas da empresa, que hoje tem um passivo que gira em torno de R$ 300
milhões.
Ao
revelar o número, o almirante disse não querer analisar “decisões e
dificuldades” das diretorias passadas, mas ressaltou que hoje a situação
da Codern é de um fluxo de caixa negativo. “Há um passivo expressivo
que beira R$ 250 milhões a R$ 300 milhões a ser saldado, então isso tudo
implica numa melhoria profunda, num choque de gestão na parte de
administração e finanças da empresa”, disse o almirante Elis Treidler
Ober em entrevista ao Hora Extra da Notícia (91.9 FM) desta terça-feira
(21).
Treidler
Ober assumiu a presidência da Codern em 22 de fevereiro desse ano. A
estimativa dada por ele é que em meados de novembro próximo a empresa
consiga atingir o equilíbrio financeiro para começar a investir em ações
consideradas necessárias para o porto de Natal.
SCANNER
A
respeito do scanner que estaria “encaixotado” no Porto de Natal,
conforme revelou o secretário de Agricultura e Pecuária do RN, Guilherme
Saldanha, também em entrevista ao Hora Extra da Notícia, o presidente
esclarece que o equipamento é “obsoleto”, precisa de reparos e não
atende à necessidade de verificação de cargas para a identificação de
drogas.
O
equipamento, segundo o presidente, não é compatível com uma resolução
de 2014, da Receita Federal, que estabelece as especificações que um
scanner portuário deve ter.
Apesar
disso, o diretor-presidente solicitou à Receita Federal o reparo do
scanner para usá-lo no Porto de Natal “como um instrumento de ensino”,
para definir com antecedência os procedimentos que serão usados quando a
Codern adquirir o scanner definitivo.
“No
que tange ao scanner definitivo, é uma aquisição cara, gira em torno de
R$ 11 milhões e o que nós estamos fazendo é buscando parcerias com os
atores envolvidos nas exportações de cargas, os fruticultores,
operadores portuários, os armadores, no sentido de se obter uma parceria
que possibilite a obtenção desse scanner adequado para o porto”, pontua
o diretor-presidente.
Diego Campelo
Produtor do Hora Extra da Notícia (91.9 FM)
Segunda a Sexta - 12h às 13h
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