Movimentação em frente à escola Raul Brasil, onde assassinos mataram alunos e funcionárias — Foto: Reprodução/TV Globo
Relatos de testemunhas
Rosni Marcelo Grotliwed, estudante de 15 anos, disse que o ataque ocorreu durante o intervalo e que um dos criminosos tinha uma arma e outro, uma faca.
“A gente estava na merenda e comendo normal e escutamos 'três pipocos' nisso tentamos correr para pular o muro do CEL. Os caras vieram atrás de nós e começou a matar muita gente. Mas o pente dele descarregou e foi na hora que a gente correu."
Segundo ele, um dos garotos passou com faca ao seu lado, mas ele
conseguiu desviar. "Fui para a diretoria e tinha muita gente morta no
chão. Eles gritavam, mas eu não entendi o que era."
"Meu amigo levou facada no ombro e outro levou um tiro. Fugi com um amigo para minha casa e voltei para buscar um amigo."
Merendeira da Escola Raul Brasil, em Suzano, abrigou alunos na cozinha — Foto: Natan Lira/G1
A merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos, contou que ajudou a esconder 50 estudantes na cozinha.
“Nós estávamos servindo merenda e aí começou os 'pipoco' e as crianças
entraram em pânico. Abrimos a cozinha em começamos a colocar o maior
número de crianças dentro e fechamos tudo e pedimos para eles deitarem
no chão", conta chorando. "Foi muito desesperador, porque foi muito
tiro, muito tiro mesmo e era muito pânico".
Atendimento a vítimas e famílias
O Corpo de Bombeiros e equipes do Samu estão no local. Bombeiros de
Mogi das Cruzes também foram chamados, às 9h50, para apoiar o
atendimento. O helicóptero Águia, da PM, sobrevoou a escola. Toda a
polícia de Suzano está mobilizada no caso.
A prioridade agora é identificar as vítimas e avisar as famílias, segundo as autoridades.
A Prefeitura de Suzano informou que as equipes da Defesa Civil, do
Trânsito, da Segurança Cidadã, da Assistência Social e do Fundo Social
de Solidariedade estão dando suporte no local para as famílias.
A Associação Cultural Suzanense, o Bunkyo, localizado na avenida Armando Salles de Oliveira, Centro, será ponto de acolhida para familiares, enquanto aguardam informações, e também para receber a imprensa.
Frente da Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, após o massacre. — Foto: Maiara Barbosa/ G1
G1
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