Pousada Aconchego

sábado, 13 de julho de 2013

Campanha Ajude o Carlinhos

Há dois anos, o cardiologista Madson Vidal apostou na montagem de uma estrutura adequada para cuidar de cardiopatas infantis. Nesse período, casos extremos levaram os Amigos do Coração da Criança (Amico) em direção à solidariedade e ao humanismo que costuma faltar em tratamentos convencionais realizados em clínicas e hospitais da área – sobretudo na rede pública. Mas, nos últimos três meses, a vida de um pequeno garoto e da sua família transformaram a realidade da associação, a ponto de uma campanha ser empreendida para ajudar o menino Carlos André a ter uma existência com o mínimo de dignidade. Com seis meses de idade, ele se recupera de uma cirurgia de Transposição das Grandes Artérias, que estavam com a posição contrária à normal, o que desregulava a irrigação sanguínea e a oxigenação. Só que a pobreza abjeta de sua família impediu seu retorno ao lar em Santa Maria, município 60 km de Natal que apresenta alguns dos piores índices de desenvolvimento do Estado.
“O Rio Grande do Norte só consegue tratar 30% das crianças com problemas cardíacos. Os outros 70% ou morrem, ou terão uma infância muito ruim. Isso porque nenhum hospital público tem a máquina para fazer o ecocardiograma [custa R$100 mil, em média]. Só existe em clínicas particulares. Assim, não se pode fazer um diagnóstico quando eles estão no berçário. Como são pessoas pobres, como 80% das que chegam aqui na Amico, elas deixam o problema crescer. O Carlos André fez a cirurgia no Incor e já poderia ir para casa, mas a situação da família é preocupante. Nossa assistente social detectou que ele não poderia voltar para àquelas condições subumanas, sem higiene e estrutura alguma para um pós-cirúrgico”.
A casa de Roseane Cândido de Sousa, de 33 anos, é um quarto e sala com ares medievais. Sem água encanada, banheiro, fogão, forro no teto e colchões, o espaço é dividido por seis filhos, com idades entre 4 e 16 anos, mais o marido que passa a semana em Natal, onde trabalha em um supermercado. A miséria é complementada com um córrego fétido que passa em frente a moradia. Seria nesse ambiente que o recém-nascido iria morar. “Tivemos que procurar a Prefeitura de Santa Maria para garantir uma casa alugada em melhores condições. O prefeito garantiu que em dezembro entregará uma definitiva”, diz o Dr. Madson Vidal. Agora, sua luta é para conseguir doações de bens que possam preencher o vazio da nova residência. “Eles não têm nada”.
No momento de crise aguda, Carlos André teve o coração com o fluxo sanguíneo reduzido, o que causou a necrose da ponta dos dedos. “Ele passou por uma cirurgia para retirar pedaços do dedo”.  A cena de uma criança com cinco meses de vida com luvas nas mãos para esconder a deformidade é emblemática da ausência do poder público na assistência médica à população de baixa renda. “Falta compromisso. Temos um déficit de 150 leitos de UTI para crianças. Cada um desses leitos, com equipamentos e tudo mais, custa, em média, uns R$ 100 mil. Ou seja, bastava cada prefeito construir um leito que o Rio Grande do Norte não teria esse problema. Não existe política pediátrica no Estado; O único pronto socorro pediátrico é o do Sandra Celeste [em Lagoa Nova], que atende 300 crianças por dia que tem febre, diarréia”, lamenta o Dr. Madson Vidal.
Quem quiser ajudar o pequeno Carlos André, o Carlinhos, pode entrar em contato com a Amico, na rua Amintas Barros, em Lagoa Nova, em frente à Sorveteria Tropical, pessoalmente ou pelos telefones 9659-4445/3206-1941. Se preferir, duas contas bancárias recebem doações: Banco Itaú, Agência: 8380, Conta Corrente: 07569-0, e na Unicred, na agência 2207, conta corrente 2604-2. A lista de bens solicitados inclui guarda-roupa, triliches, redes, sofá, televisão, mesa com seis lugares, armário para louça, jogo de panelas, ventiladores, roupas e calçados e vários outros utensílios domésticos.
Portal JH

















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