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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Bernardo Vieira - A rota dos Buracos

Comparações à parte, o estado das rotas percorridas pelos transportes coletivos é notoriamente precário, em termos de estrutura. Um dos pouquíssimos trechos da cidade que possui faixa exclusiva para os ônibus fica localizado na avenida Bernardo Vieira, que faz a ligação entre o bairro das Quintas, na zona Oeste, e Morro Branco, na zona Sul. O problema é que, a despeito de a via ter sido dividida para permitir a livre circulação dos coletivos, diminuindo o tempo das viagens e colaborando com a fluidez no trânsito, as falhas estruturais não só impedem que os objetivos primordiais da iniciativa sejam cumpridos como termina por agravar ainda mais uma situação que já é naturalmente caótica.
A divisão da pista não levou em consideração o fato de que só circulariam veículos pesados na via exclusiva. Como não foi feito nenhum tipo de adaptação na cobertura asfáltica, o tráfego intenso, aliado a um período de chuvas fortes, comprometeu severamente a integridade do trecho, transformando o trabalho dos motoristas em verdadeiro desafio.
O policial militar Antônio Neto, que aguardava o transporte em uma das paradas rodeadas de buracos, lamentava a atual situação da avenida Bernardo Vieira. “O estado do asfalto aqui é inacreditável. Para aguentar esse peso todo, deveriam ter instalado placas de concreto armado, da mesma maneira que estão sendo reformadas as BRs. Em Recife ocorreu a mesma coisa, o corredor da avenida Caxangá apresentou o mesmo problema e a solução encontrada foi a colocação desse material reforçado”, conta o policial.
A
reportagem d´O Jornal de Hoje acompanhou parte da rota de um ônibus da empresa Reunidas que passa pelo local, linha 10-29, para analisar a real situação de motoristas e passageiros. O motorista Rogério de Souza contou que a ideia de se implementar o corredor exclusivo é excelente na teoria, mas precisa ser bem executada para não surtir o efeito contrário. “O objetivo dessa via era desafogar o trânsito e agilizar as viagens, mas não é o que tem acontecido. Temos que andar muito devagar, o tempo todo prestando atenção. Os buracos são tão fundos que corremos o risco de amassar a lataria dos veículos, se passarmos de qualquer jeito. Para completar, caso isso aconteça, quem paga o prejuízo é o motorista. Fica complicado trabalhar dessa maneira”, reclamou Souza.
A passageira Raiana Almeida fez coro às reclamações do motorista, denunciando os constantes atrasos. “Assim que o serviço começou era ótimo, mas com a atual situação da pista todo dia tem atraso. O ônibus tem que ficar desviando de toda essa buraqueira e a gente fica sacolejando de um lado para o outro. Tem trecho que é preciso invadir a faixa dos carros, porque é inviável seguir por dentro das crateras. Já vi muito acidente por conta disso”, relata.
Portal JH.





















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