O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nessa terça-feira (27), a cessão de participação total em 34 campos de produção terrestres localizados na Bacia Potiguar para a empresa 3R Petroleum.
Os ativos
As 34 concessões são campos maduros em produção há mais de 40 anos, com ampla dispersão geográfica, localizados a cerca de 40 km ao sul de Mossoró, no Oeste Potiguar. Os campos foram reunidos em um único pacote denominado Polo Riacho da Forquilha, cuja produção atual é de cerca de 6 mil barris de petróleo por dia.
Abaixo a lista do pacote:
- Acauã (AC),
- Asa Branca (ASB),
- Baixa do Algodão (BAL),
- Boa Esperança (BE),
- Baixa do Juazeiro (BJZ),
- Brejinho (BR),
- Cachoeirinha (CAC),
- Cardeal (CDL),
- Colibri (CLB),
- Fazenda Curral (FC),
- Fazenda Junco (FJ),
- Fazenda Malaquias (FMQ),
- Jaçanã (JAN),
- Janduí (JD),
- Juazeiro (JZ),
- Lorena (LOR),
- Leste de Poço Xavier (LPX),
- Livramento (LV),
- Maçarico (MRC),
- Pardal (PAR),
- Patativa (PAT),
- Pajeú (PJ),
- Paturi (PTR),
- Poço Xavier (PX),
- Riacho da Forquilha (RFQ),
- Rio Mossoró (RMO),
- Sabiá (SAB),
- Sabiá Bico de Osso (SBO),
- Sabiá da Mata (SDM),
- Sibite (SIB),
- Três Marias (TM),
- Trinca Ferro (TRF),
- Upanema (UPN),
- Varginha (VRG).
Todas as concessões são 100% Petrobras à exceção dos campos de Cardeal e Colibri onde a Petrobras detém 50% de participação tendo a Partex como operadora com a outra metade, e os campos de Sabiá da Mata e Sabiá Bico-de-Osso onde a Petrobras tem 70% de participação tendo a Sonangol como parceira e operadora com 30%.
A transação
O valor da transação é de US$ 453,1 milhões, sendo 7,5% desse valor (US$ 34 milhões) a ser pago na assinatura, prevista para o dia 7 de dezembro, e o restante no fechamento da transação, considerando os ajustes devidos.
A 3R Petroleum passará a operar os ativos a partir do fechamento da transação, que está sujeita à assinatura dos contratos, ao cumprimento das condições precedentes previstas no contrato de compra e venda, tais como a aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e eventual direito de preferência.
Este projeto foi fruto de processo competitivo e faz parte do Programa de Parcerias e Desinvestimentos da Petrobras, estando alinhada ao Plano de Negócios e Gestão 2018-2022, que prevê a contínua gestão de portfólio, com foco em investimentos em águas profundas no Brasil.
A presente divulgação ao mercado está em consonância com a Sistemática para Desinvestimentos da Petrobras e alinhada às disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no Decreto 9.355/2018.
Sobre a 3R Petroleum
A 3R Petroleum é uma empresa brasileira de óleo e gás com atuação focada na América Latina. Essa será a primeira operação da 3R Petroleum e a empresa preenche os requisitos necessários para ser uma Operadora C no Brasil de acordo aos critérios da ANP.
A 3R Petroleum conta, em seus quadros, com executivos com extensa experiência em operação de campos maduros e aumento de produção e reservas em países como Venezuela, Argentina, Brasil, Peru, Equador e Bolívia. Conta também, na estruturação financeira, com a parceria de grandes empresas globais, como uma companhia de trading de classe mundial, uma empresa internacional de serviços petrolíferos e uma operadora independente.
Petrobras no Rio Grande do Norte
A Petrobras desenvolve atividades diversas no Rio Grande do Norte, incluindo exploração e produção de óleo e gás em terra, em águas rasas e águas profundas, refino e comercialização de óleo, gás e derivados, além de produzir energia por meio de uma usina termelétrica.
Em leilão realizado em março desse ano, a companhia adquiriu três blocos exploratórios na Bacia Potiguar, destacada fronteira exploratória em águas profundas no Brasil. Os blocos estão próximos da descoberta de Pitu, onde a Petrobras já perfurou dois poços e os resultados estão sendo analisadas para melhor conhecimento da área. Entre os novos projetos que a companhia prevê desenvolver no Estado, está ainda o de uma planta-piloto para produção de energia eólica offshore, que será a primeira do Brasil.
A companhia também irá continuar a investir nas concessões que ficarão sob sua responsabilidade no Rio Grande do Norte, buscando aportar tecnologias e métodos que maximizem o fator de recuperação. Entre as iniciativas nesse sentido está a licitação para aporte tecnológico no polo de Canto do Amaro, atualmente em andamento. Trata-se de um contrato de prestação de serviço para a revitalização de campos terrestres. Pelo contrato, a empresa vencedora fará investimentos e aportará conhecimento e tecnologias com o objetivo de elevar o fator de recuperação dos campos e, assim, aumentar o retorno para a Petrobras. Essa é a primeira vez que a companhia utiliza esse modelo de negócio e, a partir dos resultados alcançados, avaliará a aplicação em outros projetos.
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