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terça-feira, 17 de abril de 2018

Assembleias desta terça-feira podem definir futuro da greve dos professores

José Aldenir/ Agora Imagens

Os profissionais de educação da rede municipal e estadual de ensino realizam assembleias nesta terça-feira, 17, onde o futuro da greve será discutido. A reunião estadual acontece às 8h 30m na Escola Estadual Winston Churchill, no bairro Cidade Alta, Zona Leste de Natal. Já o encontro dos profissionais do município acontece na Associação dos Subtenentes e Sargentos do Exército (ASSEN), também na Zona Leste da cidade, às 14h.
Profissionais da educação estão com atividades paralisadas desde o mês de março. Dentre as reivindicações, está a exigência do reajuste de 6,81% do piso salarial da classe e a melhoria nas condições de trabalho. De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN), José Teixeira, cerca de 90% dos educadores estaduais e 95% dos municipais aderiram à greve.
“Até agora o nosso objetivo é muito claro. São as condições de trabalho nas escolas, que são precárias, e a correção do piso salarial nacional dos professores e professoras que o Governo e o prefeito de Natal se negam a cumprir a lei”, disse Teixeira.
O coordenador trata da lei 6.245/2013 do município, que determina que a partir do mês de janeiro de cada ano os professores devem receber um reajuste do piso, definido pelo Ministério da Educação. Junto desse, há outros 36 itens que fazem parte da pauta de discussão dos docentes.
“Eu apoio a greve apesar da mesma não ser boa para os alunos, professores e pais, por atrasar as atividades do ano letivo, mas é a arma que temos para lutar. Estamos em greve para conseguir algo que é nosso por direito, é Lei. E querem tirar isso de nós, profissionais da educação”, afirmou.
Os alunos que estão sem aulas se preocupam com a perca do conteúdo. “Eu tô no último ano e é bem difícil já estudando, imagina sem aula. Queria estudar mais, fazer um bom ENEM, mas sem as aulas eu fico meio perdido. Quero que volte logo pra eu poder estudar e terminar a escola”, disse a jovem Lorena Castro, de 16 anos.
Tanto para os professores quanto para 0 Sindicato, o sentimento é o mesmo: conquistar o direito que estão requerendo e voltar às atividades. “Nós já gostaríamos de ter retornado às atividades. No que diz respeito ao Governo do Estado e a prefeitura em descumprir as leis, faz com que a gente resista e não tenha voltado até agora”, disse o coordenador.
“Sempre que entrarmos em greve será em prol da educação. Para que não haja greve o Governo deve dar condições mínimas para o nosso trabalho. Se fala tanto que a educação é a chave para a mudança do país, mas pouco se investe nela”, concluiu a professora.
Propostas feitas tanto pelo município quanto pelo Estado foram apresentadas aos docentes, que as rejeitaram por não compactuar com suas necessidades. Nas assembleias desta terça os profissionais visam tratar sobre questões específicas, como medidas a serem tomadas para resolver os problemas postos em questão e as negociações com a prefeitura e o Governo. Sobre isso, Teixeira é objetivo. “Nós vamos reavaliar o período de greve e certamente iremos ratificar seu tempo”, disse.

Agora RN

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