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sexta-feira, 30 de junho de 2017

GRUPO CHINT PLANEJA INSTALAR FÁBRICA DE PLACAS FOTOVOLTAICAS EM EXTREMOZ EM 2018


Uma das grandes novidades anunciadas pelo Governo do Rio Grande do Norte no início deste ano foi a implantação, por intermédio da empresa chinesa Chint Eletrics Co., de uma fábrica de placas voltaicas para captação de energia solar no município de Extremoz, na Região Metropolitana de Natal. Em entrevista concedida ao Agora Jornal, Rogério Pessoa, secretário de Turismo do município e que participa das articulações, atualizou o estágio atual dos planejamentos ao informar que a previsão é de que os trabalhos de construção da fábrica se iniciem já em 2018.
“A previsão que nos foi passada é que em 2018 a fábrica estaria começando as movimentações para as obras dela. Da nossa parte, estaremos buscando qualificação. Já a parte de infraestrutura urbanística que nos foi passada e a de transporte, precisam, em minha visão ser melhoradas”, disse o titular de Turismo.
A fábrica será construída no Distrito de Pitangui, às margens da BR-101, em uma área calculada de 31 hectares. Na primeira fase o investimento será de R$ 112 milhões e vai ofertar 1.300 empregos diretos e indiretos. A unidade da Chint no Rio Grande do Norte é a primeira na América Latina e atenderá o mercado brasileiro e das Américas. Para Rogério Pessoa, a iniciativa significa uma propulsão à geração de emprego e renda em Extremoz, município, que em sua opinião, vinha carecendo de um elemento incrementador, principalmente se em comparação com as outras cidades da Grande Natal.
Secretário Municipal do Turismo, Rogério Pessoa (em pé) – Foto: Divulgação

“Essa fábrica é de extrema importância para nós. Das cidades da Região Metropolitana, Extremoz estava precisando de um incremento, principalmente na questão de emprego e renda. São Gonçalo do Amarante tem o aeroporto e um polo industrial; Macaíba também possui um polo industrial e Parnamirim é uma cidade em pleno desenvolvimento”, elencou o secretário.
Vários atrativos foram responsáveis pela escolha de Extremoz como sede da fábrica da Chint. Pessoa acredita que a logística e a localização estratégica da cidade são elementos que fizeram a empresa chinesa e o Governo do Estado optarem pela cidade. “Sabemos que a instalação vai desenvolver todo aquele entorno, como os acessos. O turismo, por exemplo, crescerá porque a fábrica fica perto da praia, os acessos. Estamos muito felizes e ansiosos com a instalação da Chint e esperamos que o município possa atender às necessidade que eles pedem. Em questão de logística, creio que podemos dizer que já estamos atendendo; estamos a 10 ou 15 minutos do novo aeroporto e temos a margem da BR-101. Foi importante a escolha de Extremoz. O município vai se preparar em termos de capacitação. Só temos a agradecer o Governo do Estado pela escolha de Extremoz como cidade-sede”.
Para o município não haverá contrapartidas. O único detalhe favorecido é a doação do terreno pela Sociedade Potiguar de Empreendimentos – a Spel – empresa privada que tem como sócio-proprietário o empresário Paulo de Paula. “É uma parceria. O município tentará negociar acordos e isenções fiscais, devido à previsão da fábrica gerar 1300 empregos. Vamos tentar consolidar essa parte dos tributos quando estiver mais perto da operação da fábrica começar”, explicou Rogério Pessoa.
“Como indutor de desenvolvimento, governo cumpriu sua missão”, diz Flávio Azevedo
A instalação da fábrica da Chint é resultado da iniciativa do governador Robinson Faria (PSD) que, juntamente aos seus auxiliares da administração, visitaram a China, em fevereiro deste ano, para manter contatos com os investidores e consolidar a atração da indústria. Na época, Robinson e os representantes da Chint assinaram um protocolo de intenções. O governo, bem como a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) ficaram responsáveis por intermediar as tratativas entre a Chint e Extremoz. O titular da pasta, Flávio Azevedo, afirmou que, no tocante a este papel, tanto o Governo do Estado quanto a Sedec foram bem-sucedidos em cumprir a missão.
“A secretaria e o Governo do Estado já fizeram seus papéis; as decisões agora são de âmbitos estritamente privados. São estudos de logística que eu não me julgo no direito de pedir prestações. Nós nos comprometemos a dar todas as informações, como detalhes do terreno; do meio de transporte; de facilidade e dificuldades de logística; da proximidade do aeroporto… Julgo a missão do Estado e da Sedec como indutores de desenvolvimento cumprida. Agora está nas mãos deles”, avaliou Azevedo.

Conforme planejado anteriormente, os empresários da Chint Eletrics estão realizando, atualmente, levantamentos no Brasil necessários para concluir os estudos de viabilidade econômico-financeira do projeto. Em outras palavras, eles estão buscando informações sobre os fornecedores, logística e mercado, no Sul e Sudeste do país. Além disso, eles também já tomando providências iniciais no Rio Grande do Norte para se estabelecerem como razão social, etapa que ainda não foi concluída.
Assim que as construções começarem e forem concluídas, o Rio Grande do Norte deve sentir novos efeitos econômicos na área de energias renováveis. É o que aposta o secretário Azevedo. “Essa área de energias renováveis é um dos poucos vetores de desenvolvimento econômico no Rio Grande do Norte dos quais não dependemos de ninguém, assim como o Turismo e a Mineração. Esse vetor tem um poder multiplicador. Quanto mais ele gerar, mais se consolidará. A implantação de uma fábrica de placas fotovoltaicas no estado é importante para atingir mais investimentos na área de execução dos parques eólicos, já que a matéria-prima está instalada aqui – as placas. As placas, sendo fabricadas aqui, diminuirão custos de transporte e melhorarão a logística. É fundamental para que consolide essa vocação natural do estado na produção de energias renováveis”, encerrou.
AGORARN.COM.BR

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