A Secretaria de Saúde de Extremoz foi até às dunas de Genipabu, na última sexta-feira (27), para realizar a vacinação dos agentes de turismo contra a febre amarela. Foram vacinados vários profissionais que trabalham nas dunas com o passeio em dromedários e também os trabalhadores da Associação de Bugueiros de Santa Rita.
A ação foi iniciada pela Prefeitura após o surto de febre amarela na região Sudeste do país, com mais de 80 casos confirmados só no Estado de Minas Gerais. Na quinta-feira (26), foram vacinados os balseiros de Barra do Rio e os profissionais do Bar da Lagoa, em Pitangui.
A Secretaria de Saúde de Extremoz lembra, no entanto, que a população em geral não precisa se preocupar com a doença, já que o Rio Grande do Norte - assim como os estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro - está fora da chamada Área Com Recomendação de Vacina.
“Estamos fazendo uma prevenção a mais a esses agentes de turismo, pois são pessoas que estão em contato direto com quem vem de outras regiões do país e do mundo inteiro, sendo, dessa forma, um público mais vulnerável. Mas ressaltamos que o Rio Grande do Norte não está em uma área de risco”, afirma a secretária de Saúde Alainy Simões.
Recomendação
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), o Ministério da Saúde recomenda a vacinação a toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas.
Para as pessoas que necessitam se deslocar para Estados onde há recomendação de vacina contra a febre amarela, a recomendação é que procurem os postos de saúde com antecedência mínima de dez dias para se vacinar.
Transmissão
A febre amarela apresenta dois ciclos de transmissão: urbano e silvestre. Até o momento, todos os casos confirmados na região Sudeste foram de ciclo silvestre, que é habitual em macacos, que transmitem a doença ao serem picados pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que residem na mata. Ao picar macacos doentes, esses mosquitos se contaminam com o vírus da febre amarela e assim se tornam vetores da doença, podendo transmiti-la para outros macacos e para humanos que entram em contato com ambiente de mata.
No ambiente urbano, o transmissor da febre amarela passa a ser o mosquito Aedes aegypti (responsável também pela transmissão da zika, chikungunya e dengue). No entanto, as ações de saúde realizadas periodicamente no país têm conseguido evitar que a doença chegue na área urbana. O último registro de transmissão da doença em área urbana data de 1942.
Fotos: Canindé Santos
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