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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Acidente com passarela mata quatro no Rio de Janeiro

Uma das principais vias expressas do Rio, a Linha Amarela liga a Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, à Linha Vermelha, à Avenida Brasil e à Ilha do Fundão/UFRJ, na zona norte. Corta o bairro de Jacarepaguá, na zona oeste, e diversos bairros da zona norte, como Água Santa, Cachambi, Del Castilho e Bonsucesso.

Marcelo Gomes - Estadão Conteúdo 28 de janeiro de 2014 (terça-feira)

A Linha Amarela é administrada pela concessionária Lamsa

Rio de Janeiro
Testemunhas relatam o acidente na Linha Amarela
28 de janeiro de 2014 (terça-feira)
Moradores de comunidades à beira da Linha Amarela, na zona norte, testemunharam, nesta terça-feira (28), o acidente que provocou o desabamento de uma passarela e esmagou carros. Pelo menos quatro pessoas morreram e seis ficaram feridas.
Residente na Comunidade Cardim, Luís Felipe Silva de Lima, acordou com o estrondo. Ele correu para verificar o ocorrido e se deparou com uma vítima que caiu da passarela e foi parar no valão. Ele conta que os moradores rapidamente providenciaram uma corda para tirar a pessoa dos escombros.
"Quando cheguei para ver perto do rio, tinha um cara lá, com a cabeça dentro da água, tentando tirar, mas passou pelo menos uns cinco minutos submerso. Descemos com uma corda, rasgamos a mão toda, e botamos ele em cima de uma pilastra dos escombros, mas como o resgate não chegava ele não resistiu. A gente não sabia mais o que fazer", contou.
A preocupação dele é com o tráfego intenso entre as comunidades dos dois lados da pista, da Favela do Rato - ou Águia de Ouro - e Cardim. "Se fosse durante o período de escola, teria muito mais vítima entre os mortos", reforçou Luís Felipe.
O gari Ricardo Guilherme dos Santos também foi um dos primeiros a chegar ao local. "Estava no posto e, primeiro, ouvi o estrondo. Achei que uma casa tinha desabado, quando vi que não era isso, a gente correu para a beira da pista, arrebentou os painéis - que separam a pista da comunidade - e vimos a gravidade do acidente. Tentamos acalmar os sobreviventes dentro do carro", disse. Segundo ele, no banco de carona de um dos carros, uma passageira estava parcialmente consciente.
Na tentativa de apressar o socorro, Patricia Rodrigues, dona de uma venda próxima da pista, ligou imediatamente para os bombeiros para alertar sobre o desabamento e informar sobre as vítimas. Para ela, o socorro demorou. "Ninguém da Lansa (concessionária que administra a via) estava no local", disse. Nós fomos os primeiros a chegar e ligar para o socorro", completou. Segundo as testemunhas ouvidas pela Agência Brasil, o acidente ocorreu por volta das 9h.
"Tem um [batalhão do] Corpo de Bombeiros no Méier, muito perto, mas acho que pelos reflexos do trânsito, eles não conseguiram chegar. O pessoal ficou com as vítimas, tentando tirar as pessoas do valão e verificar se os demais, dentro dos carros, estavam vivos. Era uma situação de guerra, com fumaça e escombros", relatou Patrícia.
Os moradores reclamam das condições estruturais da passarela, que consideram muito frágil, e lembram que, recentemente, durante a construção de um supermercado, uma viga esbarrou na estrutura e deslocou a passarela. "Tinha que ser mais forte, ter uma sustentação para não desabar inteira. Se cair, cair pelo menos uma parte - de um lado da via - e não toda. Era previsível”, disse Patrícia.
Para quem mora na região, a Lansa também teve participação no acidente, porque demorou a enviar o socorro e não alertou o motorista do caminhão que, segundo eles, trafegava em alta velocidade com a caçamba suspensa. "Eles estava em alta velocidade, com a caçamba elevada por vários quilômetros", ressaltou Maurício Francisco, representante da associação de moradores. A associação alega ter um vídeo, feito por um motociclista, do caminhão com a caçamba suspensa desde o pedágio, até uma passarela, um trecho equivalente a dois quilômetros.
O prefeito Eduardo Paes destacou que a prioridade é o resgate e o atendimento das vítimas. “Especula-se que a caçamba tenha se levantado sem o motorista saber”,disse. Perguntado sobre a procedência do caminhão, se prestava ou não a serviço da prefeitura, Paes não soube informar, mas a assessoria de imprensa divulgou que o caminhão não estava a serviço do órgão.
Equipes de resgate ainda trabalham no local e removem, neste momento, os restos do caminhão, por meio de um guincho.
As informações são da Agência Brasil.
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Pelo menos quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas após serem atingidas por uma passarela de pedestres que desabou na Linha Amarela, na zona norte do Rio de Janeiro. A última pessoa resgatada é uma mulher que estava dentro de um Palio prata, que ficou completamente esmagado pela estrutura. A mulher está consciente e conversando com bombeiros, que imobilizaram uma perna. 
O Corpo de Bombeiros confirmou que os feridos foram levados a hospitais. O motorista do caminhão que se chocou contra a passarela foi identificado como Luis Fernando da Costa, de 30 anos. Ele está no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra, zona oeste do Rio. Está lúcido e passa bem.
Já Luis Carlos Guimarães, de 70 anos, estava no banco de trás do Palio prata que foi completamente amassado pela passarela. Sofreu traumatismo craniano e está em estado grave. Está sendo operado neste momento no Hospital Municipal Salgado Filho, no Meier. Jairo Zenaide, de 44 anos, sofreu traumatismo craniano e fratura na coluna. Está passando por cirurgia no Hospital Federal de Bonsucesso. 
As outras duas feridas são mulheres ainda não identificadas. Uma foi levada de helicóptero ao Hospital Estadual Alberto Torres, no município de São Gonçalo, na Região Metropolitana. A outra está no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ainda não há informação sobre o estado de saúde de ambas.
Acidente
A passarela foi atingida por um caminhão basculante e caiu sobre pelo menos três veículos. Um guindaste está sendo utilizado no trabalho. As duas pistas da Linha Amarela, cada uma com três faixas de rolamento, continuam completamente interditadas. Ainda não há previsão de reabertura.







 Alexandre Viera/Reuters
 Márcio Cassol/ Estadão Conteúdo

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